ESTUDOS INTERDISCIPLINARES EM LETRAS-PORTUGUÊS
Imagine a seguinte situação:
Um supervisor diz a seu subordinado que o seu relatório está mal elaborado, então solicita-lhe que o refaça. Apesar de o colaborador considerar o relatório bom, ele acaba omitindo sua opinião e, por meio de seu silêncio, acaba concordando com o chefe e refazendo o relatório.
Considerando que esse diálogo ocorre quando o país está enfrentando uma crise econômica com altos índices de desemprego, analise essa situação comunicativa e todos os elementos linguísticos e extralinguísticos que ela envolve. Depois, analise as afirmativas a seguir, levando em consideração as inferências (interpretações) que são possíveis de serem realizadas.
I) É importante considerar os papéis sociais dos interlocutores, uma vez que ambos têm uma relação social hierarquizada. O diálogo realizado com um supervisor é muito diferente do diálogo realizado com um colega de trabalho, devido às questões de poder que envolvem.
II) A crise econômica do país e os altos índices de desemprego influenciam sobremaneira a conduta do empregado, uma vez que questionar o julgamento do chefe, em relação ao relatório, poderia desagradá-lo, colocando em risco o emprego do subordinado.
III) O silêncio do funcionário produz, como efeito de sentido, o seu consentimento em relação ao julgamento e à repressão de seu supervisor. Nesse caso, o ditado popular “quem cala consente” pode ser aplicado à situação.
IV) A situação de desemprego e os problemas econômicos ocorridos no país no momento da enunciação pouco contribuem com a cena, uma vez que a situação comunicativa se restringe apenas aos interlocutores.
Assinale a alternativa que contém as inferências possíveis:
I e III
I, II e IV
II, III e IV
I, II e III
IV, apenas
Você estudou que a linguagem deve ser concebida como interação social, e o seu poder argumentativo é observado pelas marcas linguísticas que estabelecem a relação de comunicação entre os interlocutores. O uso dessas marcas mostra a força argumentativa que o autor deseja estabelecer, apontando para determinadas direções, conclusões.
Nos enunciados a seguir, há o emprego de palavra(s) que pode(m) indicar uma forma de julgar alguém preconceituosamente.
Assinale a alternativa que revela um preconceito.
Ele é capaz para o cargo na empresa, mas já tem 55 anos.
Joana é muito esforçada, portanto deverá passar no vestibular.
Convidei os meus amigos para o meu aniversário.
Larissa é excelente secretária.
Além de ser trabalhador, João é simpático e muito trabalhador, portanto é um ótimo candidato à vaga.
Você estudou que a linguagem deve ser concebida como interação social, e o seu poder argumentativo é observado pelas marcas linguísticas que estabelecem a relação de comunicação entre os interlocutores. O uso dessas marcas mostra a força argumentativa que o autor deseja estabelecer, apontando para determinadas direções, conclusões.
Nos enunciados a seguir, há o emprego de palavra(s) que pode(m) indicar um modo preconceituoso de analisar um indivíduo. Assinale a alternativa que revela um preconceito.
Ela é inteligente, mas é mulher.
Ela é estudiosa, portanto deverá passar no concurso.
Além de ser trabalhador, João é simpático.
Puxa, Pedro! Que bom que você veio!
A leitura eficaz de um texto exige atenção, relação com outros textos e capacidade de inferências.
A semântica da enunciação é uma teoria que estuda os textos a partir do discurso, do contexto. Tudo que falamos, lemos, escrevemos, ouvimos tem intenções. Assim, a enunciação envolve um contexto, em que há tempo, espaço, finalidades, objetivos, sujeitos e intencionalidades.
A partir dessas reflexões, leia o texto, a seguir, que faz parte de uma enunciação em um escritório, numa tarde, em que há um diálogo, entre sujeitos.
Uma funcionária estava conversando com seu chefe sobre tecnologia, quando, espontaneamente, proferiu o seguinte enunciado: “Com esse trabalho, o senhor irá se desenferrujar”. Após dizer a palavra desenferrujar, a funcionária e o chefe, que era um senhor muito sistemático, ficaram muito constrangidos.
Diante disso, valendo-se de seus estudos, julgue as afirmativas:
I. A partir da fala da funcionária “Com esse trabalho, o senhor irá se desenferrujar”, pode-se inferir (imaginar) que ela acredita que o chefe está enferrujado.
II. A fala da funcionária não foi apropriada, haja vista, que ela atribuiu uma característica depreciativa a seu chefe: a de estar enferrujado.
III. O enunciado da funcionária causou constrangimento para ela e para o chefe, porque nele está contido implicitamente a ideia de o chefe não estar em forma, isto é, de estar desatualizado.
Assinale a alternativa que contém a(s) afirmativa(s) correta(s).
I e III
III, apenas
I e II
II e III
I, II e III
O nome desse gênero textual
[...] é uma palavra de origem latina, muito utilizada pelos norte-americanos, que significa coleção daquilo que está ou pode ser guardado em um porta-folhas. No meio acadêmico, significa a reunião de suas reflexões e de suas leituras, de suas indagações. Expressa o desenvolvimento de sua própria aprendizagem. (MARTINS e BARBOSA, 2011, p. 236).
Sendo assim, o gênero deste texto é:
Resenha
Entrevista
Relato de experiência
Portfólio
Resumo
Leia o trecho a seguir.
“A disciplina literatura que se estuda na escola trata dos textos produzidos por escritores de períodos diversos da história da humanidade. Homens e mulheres que criaram e continuam criando textos de ficção em prosa, repletos de ações, personagens, conflitos, ambientes e climas, ou ainda, poemas que elaboram a sonoridade e os múltiplos significados das palavras.”(CARUSO, 2018, p.1).
(Fonte: CARUSO, Carla. Pedagogia &Comunicação. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/literatura-o-que-e.htm>. Acesso em: 21 fev. 2018)
Considerando as abordagens realizadas no curso acerca da importância do estudo da literatura no desenvolvimento da criança. Analise as afirmativas a seguir.
I - Alimentar o imaginário da criança é desenvolver a função simbólica por meio de textos, de imagens e de sons.
II - O imaginário, fomentado pela arte literária, possibilita ao leitor espanto e surpresa, criatividade, diferentes ângulos de vista, vivência cultural, emocional e existencial.
De acordo com o que você estudou, assinale a alternativa correta acerca das afirmativas analisadas.
A afirmativa I é falsa e a afirmativa II é verdadeira.
As duas afirmativas são falsas.
A afirmativa I é verdadeira e afirmativa II é falsa.
A afirmativa I é verdadeira e a afirmativa II é falsa, pois esta contrapõe-se a I.
As duas afirmativas são verdadeiras.
Observe o texto a seguir:
Vida Maria.
(Vida Maria). Brasil, 2006. Produção Joelma Ramos. Produção Executiva Isabela Veras. Roteiro, Computação Gráfica, Vozes Márcio Ramos.
O analfabetismo ainda é um dos grandes problemas enfrentados em nosso país, e na região nordeste, ele é ainda mais agravante. O último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), realizado em 2010, revelou que 59,1% da população do Nordeste de 10 anos ou mais de idade é considerado sem instrução e com ensino fundamental incompleto (14,3 pontos a mais se compararmos o menor índice desta população específica no país – o Sudeste com 44,8%). Em 2011, o Brasil ficou no 88º lugar no ranking da educação da Unesco. Coerente com esse cenário, em 2014, esta instituição, no relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, divulgou que o Brasil é o 8º país com maior número de analfabetos adultos.
O filme “Vida Maria” foi ganhador, em 2006, do 3º Prêmio Ceará de Cinema e Vídeo, da Secretaria da Cultura, do Governo do Estado do Ceará, cujo projeto recebeu apoio da Lei estadual de incentivo à cultura nº. 12.464, de 29 de junho de 1995. Foi produzido por Joelma Ramos e Isabela Veras, com roteiro de Márcio Ramos. É um curta-metragem de animação gráfica, em que os personagens são bem verossímeis, pois assumem formas físicas bastante semelhantes às das pessoas dos papéis representados. Embora já tenha nove anos de produção, a história é atual uma vez que revela, com arte, a perpetuação do analfabetismo, ainda vivenciada por muitos nordestinos.
O cenário é formado por um casebre e um grande terreiro cercado de tábuas de madeira. A vegetação do entorno é praticamente inexistente, há apenas uma árvore no quintal. O sol forte, o solo árido e a ausência de plantas revelam aspectos do sertão. O enredo é bastante simples. A história inicia-se focalizando um caderno, em que está escrito o nome “Maria José” repetidas vezes. Em seguida, a imagem vai se ampliando, de forma cadenciada, e vemos uma menina de, aproximadamente, sete anos de idade, que está, sozinha, aprendendo a escrever o seu nome. Para isso, debruça-se na janela da sala, usufruindo de seu peitoril como suporte para o caderno, e, também, da luz natural vinda do ambiente externo. O comportamento da criança mostra o quanto ela está absorta no desenvolvimento da escrita. De repente, sua mãe aproxima-se e a interpela de forma rude, ordenando que pare de “perder tempo desenhando o nome” e “vá para fora arranjar o que fazer”. A menina obedece, corre para o terreiro e bombeia manualmente a água da cisterna. À medida que ela transporta a água e realiza o trabalho doméstico nesse terreiro, vai passando cenas das fases de sua vida – como menina – como moça – como dona de casa que tem a primeira gravidez, a segunda gravidez, a terceira gravidez, as outras gravidezes – como mãe que acolhe seus oito filhos que chegam em casa e a cumprimentam – a nona gravidez. As cenas da lida no terreiro apenas cessam quando Maria José, já idosa, lembra-se de ir ao encontro de sua filha Maria de Lurdes, na casa. Neste momento, a mãe aproxima-se da menina que estava aprendendo a escrever, num caderno, amparada no peitoril da janela. Maria José interpela a menina exatamente como sua mãe fizera com ela, na cena do início do filme. A criança obedece e corre para o terreiro para cuidar dos afazeres domésticos. O foco da imagem volta-se para dentro da casa, onde é possível ver a realização de um velório, provavelmente do marido, com os filhos em volta. Em seguida, vemos imagens do caderno de Maria de Lurdes, que é o mesmo que sua mãe usou quando criança. Inusitadamente, o vento vai passando as páginas usadas deste caderno e, então, podemos ver que ele teve outras donas, pois contém os registros cursivos dos nomes de outras Marias: Maria Aparecida, Maria de Fátima, Maria das Dores, Maria da Conceição, Maria do Carmo. O filme encerra-se com a expressão “Vida Maria”.
O filme é encantador desde o primeiro momento. As cenas são cadenciadas e evidenciam passagens significativas da vida da protagonista. Detalhes como as mãos infantis em cima do caderno, a expressão do olhar da menina no exercício da escrita, a forma como delineia as letras revelam os sentimentos e as expectativas da personagem, quando criança. Logo na primeira cena, a ingenuidade, a esperança e a delicadeza da menina é contrastada com a dureza e a forma rude com que a mãe a trata. Há uma pormenorização do estudo diante dos afazeres domésticos que, ao contrário dos signos, constituem-se no concreto e cobram uma solução imediata. A menina se vê obrigada a abandonar o caderno, privilegiando outras contingências da vida. No cenário totalmente árido do sertão, distante das cidades, o estudo deixa de ter um sentido relevante, para ser apenas um luxo de quem não tem o que fazer. A falta de uma escola próxima e efetiva, e, também, o aspecto cultural, a tradição, restringem o desenvolvimento pleno das mulheres nordestinas que, ainda crianças, são alijadas do direito à Educação. A distância dessas brasileiras em relação às outras, revela-se além da geografia, ela é, também, social, cultural. A criança do sertão nordestino está imersa numa história que perpassa gerações e perpetua a ignorância, num Brasil em que a educação ainda não é para todos. Maria de Lurdes, como sua mãe Maria José, como sua avó Maria Aparecida, como sua bisavó Maria de Fátima, como sua tataravó Maria das Dores e outras tantas Marias das famílias nordestinas realizam práticas seculares, alheias à possibilidade de desenvolvimento e de liberdade que o estudo deve proporcionar. Assim, elas ficam, também, entregues aos mandos de uma cultura machista que aniquila mínimas condições de autonomia, de trazerem a sua vida em suas mãos. Nessa perspectiva, o filme Vida Maria surpreende pela perspicácia em denunciar as tramas desse contexto que torna essas meninas em, apenas, mais um número nas estatísticas do analfabetismo brasileiro, colocando o Brasil no lugar negligente em que ele realmente está: numa posição vexatória no ranking mundial de educação.
Autora do texto: Márcia Regina Pires
Ao analisar o texto em relação a seu gênero, tente identificar as seguintes partes:
- Título da obra.
- Dados de identificação da obra apresentada.
- Contextualização - Situa o momento sociocultural em que a obra é produzida e articula o motivo de sua realização a esse contexto.
- Apresentação da obra, situando o gênero, o autor e o tema.
- Breve resumo do enredo, ressaltando o tempo da história e o personagem principal.
- Comentário crítico.
- Autora do texto (deste texto que apresenta a obra).
Pode-se afirmar que o texto é composto pelas partes:
1, 2, 3, 4, 5, 7.
1, 2, 3, 7.
1, 2, 3, 4, 6, 7.
1, 2, 3, 6, 7.
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7.
Em muitas escolas, a leitura tem apenas a finalidade de trabalhar a gramática. Com o avanço das pesquisas nessa área, sabe-se que formar leitores é promover a sua cidadania. Reflita sobre isso, considerando os conhecimentos construídos no curso. Avalie as afirmações a seguir:
I. Compreender a função da leitura é compreender a inserção do aluno no mundo letrado, é promover a sua cidadania.
II. A gramática deve ser o ponto de partida para o ensino da competência leitora.
III. A aquisição da leitura está dissociada do processo de descoberta e de interpretação dos sentidos.
IV. A percepção crítica e analítica do leitor depende da maneira como o professor conduz suas aulas, inserindo debates que possibilitam a apresentação da história, da cultura, do grupo social de cada aluno.
V. A aquisição da leitura crítica é uma atividade essencial à aquisição de outras áreas do conhecimento.
Agora, escolha a alternativa que contém as afirmativas corretas:
Estão corretas as afirmativas II, IV e V.
Estão corretas as afirmativas I, III e IV.
Estão corretas as afirmativas II, III e V.
Estão corretas as afirmativas I, II e IV.
Estão corretas as afirmativas I, IV e V.
Leia o trecho a seguir.
A leitura reflexiva representa uma das boas vias para entender a realidade. É verídico que em nossa sociedade as práticas leitoras são pouco incentivadas e desenvolvidas. Desta forma, dado a sua importância, a leitura deve ser estimulada e integrada ao cotidiano dos estudantes e, consequentemente de jovens e adultos.
(Fonte: BRASIL Escola. A importância do hábito de ler. Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/literatura/a-importancia-habito-ler.htm. Acesso em: 21 fev. 2019.)
Baseando em seus estudos, julgue as afirmativas a seguir:
- Desenvolver a habilidade de “procurar as respostas escondidas nas entrelinhas”, ou seja, de inferir, é algo imprescindível à leitura.
- O aluno que lê com proficiência é capaz de compreender melhor o mundo, isso corrobora, inclusive, para que ele tenha mais prazer nos estudos, pois o faz com maior facilidade e fluência.
- Possibilitar aos educandos levantar hipóteses acerca dos subentendidos, inferindo possíveis sentidos para o texto, de forma interativa com os colegas, é uma estratégia didática que mobiliza a compreensão da temática e possibilita o aprofundamento das percepções dos aprendizes.
- Espera-se que o professor desenvolva a criticidade do aprendiz. O debate acerca dos textos oportuniza aos alunos momentos em que devem mostrar o que constataram, o que conhecem sobre o tema e argumentarem acerca de seus pontos de vista, construindo seus significados.
Marque a alternativa que contém as afirmativas corretas:
I e III
I, II e IV
II, III e IV
I, II e III
IV, apenas
Você estudou que a linguagem deve ser concebida como interação social, e o seu poder argumentativo é observado pelas marcas linguísticas que estabelecem a relação de comunicação entre os interlocutores. O uso dessas marcas mostra a força argumentativa que o autor deseja estabelecer, apontando para determinadas direções, conclusões.
Nos enunciados a seguir, há o emprego de palavra(s) que pode(m) indicar uma forma de julgar alguém preconceituosamente.
Assinale a alternativa que revela um preconceito.
Ele é capaz para o cargo na empresa, mas já tem 55 anos.
Joana é muito esforçada, portanto deverá passar no vestibular.
Convidei os meus amigos para o meu aniversário.
Larissa é excelente secretária.
Além de ser trabalhador, João é simpático e muito trabalhador, portanto é um ótimo candidato à vaga.
Você estudou que a linguagem deve ser concebida como interação social, e o seu poder argumentativo é observado pelas marcas linguísticas que estabelecem a relação de comunicação entre os interlocutores. O uso dessas marcas mostra a força argumentativa que o autor deseja estabelecer, apontando para determinadas direções, conclusões.
Nos enunciados a seguir, há o emprego de palavra(s) que pode(m) indicar um modo preconceituoso de analisar um indivíduo. Assinale a alternativa que revela um preconceito.
Ela é inteligente, mas é mulher.
Ela é estudiosa, portanto deverá passar no concurso.
Além de ser trabalhador, João é simpático.
Puxa, Pedro! Que bom que você veio!
A leitura eficaz de um texto exige atenção, relação com outros textos e capacidade de inferências.
A semântica da enunciação é uma teoria que estuda os textos a partir do discurso, do contexto. Tudo que falamos, lemos, escrevemos, ouvimos tem intenções. Assim, a enunciação envolve um contexto, em que há tempo, espaço, finalidades, objetivos, sujeitos e intencionalidades.
A partir dessas reflexões, leia o texto, a seguir, que faz parte de uma enunciação em um escritório, numa tarde, em que há um diálogo, entre sujeitos.
Uma funcionária estava conversando com seu chefe sobre tecnologia, quando, espontaneamente, proferiu o seguinte enunciado: “Com esse trabalho, o senhor irá se desenferrujar”. Após dizer a palavra desenferrujar, a funcionária e o chefe, que era um senhor muito sistemático, ficaram muito constrangidos.
Diante disso, valendo-se de seus estudos, julgue as afirmativas:
I. A partir da fala da funcionária “Com esse trabalho, o senhor irá se desenferrujar”, pode-se inferir (imaginar) que ela acredita que o chefe está enferrujado.
II. A fala da funcionária não foi apropriada, haja vista, que ela atribuiu uma característica depreciativa a seu chefe: a de estar enferrujado.
III. O enunciado da funcionária causou constrangimento para ela e para o chefe, porque nele está contido implicitamente a ideia de o chefe não estar em forma, isto é, de estar desatualizado.
Assinale a alternativa que contém a(s) afirmativa(s) correta(s).
I e III
III, apenas
I e II
II e III
I, II e III
O nome desse gênero textual
[...] é uma palavra de origem latina, muito utilizada pelos norte-americanos, que significa coleção daquilo que está ou pode ser guardado em um porta-folhas. No meio acadêmico, significa a reunião de suas reflexões e de suas leituras, de suas indagações. Expressa o desenvolvimento de sua própria aprendizagem. (MARTINS e BARBOSA, 2011, p. 236).
Sendo assim, o gênero deste texto é:
Resenha
Entrevista
Relato de experiência
Portfólio
Resumo
Leia o trecho a seguir.
“A disciplina literatura que se estuda na escola trata dos textos produzidos por escritores de períodos diversos da história da humanidade. Homens e mulheres que criaram e continuam criando textos de ficção em prosa, repletos de ações, personagens, conflitos, ambientes e climas, ou ainda, poemas que elaboram a sonoridade e os múltiplos significados das palavras.”(CARUSO, 2018, p.1).
(Fonte: CARUSO, Carla. Pedagogia &Comunicação. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/literatura-o-que-e.htm>. Acesso em: 21 fev. 2018)
Considerando as abordagens realizadas no curso acerca da importância do estudo da literatura no desenvolvimento da criança. Analise as afirmativas a seguir.
I - Alimentar o imaginário da criança é desenvolver a função simbólica por meio de textos, de imagens e de sons.
II - O imaginário, fomentado pela arte literária, possibilita ao leitor espanto e surpresa, criatividade, diferentes ângulos de vista, vivência cultural, emocional e existencial.
De acordo com o que você estudou, assinale a alternativa correta acerca das afirmativas analisadas.
A afirmativa I é falsa e a afirmativa II é verdadeira.
As duas afirmativas são falsas.
A afirmativa I é verdadeira e afirmativa II é falsa.
A afirmativa I é verdadeira e a afirmativa II é falsa, pois esta contrapõe-se a I.
As duas afirmativas são verdadeiras.
Observe o texto a seguir:
Vida Maria.
(Vida Maria). Brasil, 2006. Produção Joelma Ramos. Produção Executiva Isabela Veras. Roteiro, Computação Gráfica, Vozes Márcio Ramos.
O analfabetismo ainda é um dos grandes problemas enfrentados em nosso país, e na região nordeste, ele é ainda mais agravante. O último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), realizado em 2010, revelou que 59,1% da população do Nordeste de 10 anos ou mais de idade é considerado sem instrução e com ensino fundamental incompleto (14,3 pontos a mais se compararmos o menor índice desta população específica no país – o Sudeste com 44,8%). Em 2011, o Brasil ficou no 88º lugar no ranking da educação da Unesco. Coerente com esse cenário, em 2014, esta instituição, no relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, divulgou que o Brasil é o 8º país com maior número de analfabetos adultos.
O filme “Vida Maria” foi ganhador, em 2006, do 3º Prêmio Ceará de Cinema e Vídeo, da Secretaria da Cultura, do Governo do Estado do Ceará, cujo projeto recebeu apoio da Lei estadual de incentivo à cultura nº. 12.464, de 29 de junho de 1995. Foi produzido por Joelma Ramos e Isabela Veras, com roteiro de Márcio Ramos. É um curta-metragem de animação gráfica, em que os personagens são bem verossímeis, pois assumem formas físicas bastante semelhantes às das pessoas dos papéis representados. Embora já tenha nove anos de produção, a história é atual uma vez que revela, com arte, a perpetuação do analfabetismo, ainda vivenciada por muitos nordestinos.
O cenário é formado por um casebre e um grande terreiro cercado de tábuas de madeira. A vegetação do entorno é praticamente inexistente, há apenas uma árvore no quintal. O sol forte, o solo árido e a ausência de plantas revelam aspectos do sertão. O enredo é bastante simples. A história inicia-se focalizando um caderno, em que está escrito o nome “Maria José” repetidas vezes. Em seguida, a imagem vai se ampliando, de forma cadenciada, e vemos uma menina de, aproximadamente, sete anos de idade, que está, sozinha, aprendendo a escrever o seu nome. Para isso, debruça-se na janela da sala, usufruindo de seu peitoril como suporte para o caderno, e, também, da luz natural vinda do ambiente externo. O comportamento da criança mostra o quanto ela está absorta no desenvolvimento da escrita. De repente, sua mãe aproxima-se e a interpela de forma rude, ordenando que pare de “perder tempo desenhando o nome” e “vá para fora arranjar o que fazer”. A menina obedece, corre para o terreiro e bombeia manualmente a água da cisterna. À medida que ela transporta a água e realiza o trabalho doméstico nesse terreiro, vai passando cenas das fases de sua vida – como menina – como moça – como dona de casa que tem a primeira gravidez, a segunda gravidez, a terceira gravidez, as outras gravidezes – como mãe que acolhe seus oito filhos que chegam em casa e a cumprimentam – a nona gravidez. As cenas da lida no terreiro apenas cessam quando Maria José, já idosa, lembra-se de ir ao encontro de sua filha Maria de Lurdes, na casa. Neste momento, a mãe aproxima-se da menina que estava aprendendo a escrever, num caderno, amparada no peitoril da janela. Maria José interpela a menina exatamente como sua mãe fizera com ela, na cena do início do filme. A criança obedece e corre para o terreiro para cuidar dos afazeres domésticos. O foco da imagem volta-se para dentro da casa, onde é possível ver a realização de um velório, provavelmente do marido, com os filhos em volta. Em seguida, vemos imagens do caderno de Maria de Lurdes, que é o mesmo que sua mãe usou quando criança. Inusitadamente, o vento vai passando as páginas usadas deste caderno e, então, podemos ver que ele teve outras donas, pois contém os registros cursivos dos nomes de outras Marias: Maria Aparecida, Maria de Fátima, Maria das Dores, Maria da Conceição, Maria do Carmo. O filme encerra-se com a expressão “Vida Maria”.
O filme é encantador desde o primeiro momento. As cenas são cadenciadas e evidenciam passagens significativas da vida da protagonista. Detalhes como as mãos infantis em cima do caderno, a expressão do olhar da menina no exercício da escrita, a forma como delineia as letras revelam os sentimentos e as expectativas da personagem, quando criança. Logo na primeira cena, a ingenuidade, a esperança e a delicadeza da menina é contrastada com a dureza e a forma rude com que a mãe a trata. Há uma pormenorização do estudo diante dos afazeres domésticos que, ao contrário dos signos, constituem-se no concreto e cobram uma solução imediata. A menina se vê obrigada a abandonar o caderno, privilegiando outras contingências da vida. No cenário totalmente árido do sertão, distante das cidades, o estudo deixa de ter um sentido relevante, para ser apenas um luxo de quem não tem o que fazer. A falta de uma escola próxima e efetiva, e, também, o aspecto cultural, a tradição, restringem o desenvolvimento pleno das mulheres nordestinas que, ainda crianças, são alijadas do direito à Educação. A distância dessas brasileiras em relação às outras, revela-se além da geografia, ela é, também, social, cultural. A criança do sertão nordestino está imersa numa história que perpassa gerações e perpetua a ignorância, num Brasil em que a educação ainda não é para todos. Maria de Lurdes, como sua mãe Maria José, como sua avó Maria Aparecida, como sua bisavó Maria de Fátima, como sua tataravó Maria das Dores e outras tantas Marias das famílias nordestinas realizam práticas seculares, alheias à possibilidade de desenvolvimento e de liberdade que o estudo deve proporcionar. Assim, elas ficam, também, entregues aos mandos de uma cultura machista que aniquila mínimas condições de autonomia, de trazerem a sua vida em suas mãos. Nessa perspectiva, o filme Vida Maria surpreende pela perspicácia em denunciar as tramas desse contexto que torna essas meninas em, apenas, mais um número nas estatísticas do analfabetismo brasileiro, colocando o Brasil no lugar negligente em que ele realmente está: numa posição vexatória no ranking mundial de educação.
Autora do texto: Márcia Regina Pires
Ao analisar o texto em relação a seu gênero, tente identificar as seguintes partes:
- Título da obra.
- Dados de identificação da obra apresentada.
- Contextualização - Situa o momento sociocultural em que a obra é produzida e articula o motivo de sua realização a esse contexto.
- Apresentação da obra, situando o gênero, o autor e o tema.
- Breve resumo do enredo, ressaltando o tempo da história e o personagem principal.
- Comentário crítico.
- Autora do texto (deste texto que apresenta a obra).
Pode-se afirmar que o texto é composto pelas partes:
1, 2, 3, 4, 5, 7.
1, 2, 3, 7.
1, 2, 3, 4, 6, 7.
1, 2, 3, 6, 7.
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7.
Em muitas escolas, a leitura tem apenas a finalidade de trabalhar a gramática. Com o avanço das pesquisas nessa área, sabe-se que formar leitores é promover a sua cidadania. Reflita sobre isso, considerando os conhecimentos construídos no curso. Avalie as afirmações a seguir:
I. Compreender a função da leitura é compreender a inserção do aluno no mundo letrado, é promover a sua cidadania.
II. A gramática deve ser o ponto de partida para o ensino da competência leitora.
III. A aquisição da leitura está dissociada do processo de descoberta e de interpretação dos sentidos.
IV. A percepção crítica e analítica do leitor depende da maneira como o professor conduz suas aulas, inserindo debates que possibilitam a apresentação da história, da cultura, do grupo social de cada aluno.
V. A aquisição da leitura crítica é uma atividade essencial à aquisição de outras áreas do conhecimento.
Agora, escolha a alternativa que contém as afirmativas corretas:
Estão corretas as afirmativas II, IV e V.
Estão corretas as afirmativas I, III e IV.
Estão corretas as afirmativas II, III e V.
Estão corretas as afirmativas I, II e IV.
Estão corretas as afirmativas I, IV e V.
Leia o trecho a seguir.
A leitura reflexiva representa uma das boas vias para entender a realidade. É verídico que em nossa sociedade as práticas leitoras são pouco incentivadas e desenvolvidas. Desta forma, dado a sua importância, a leitura deve ser estimulada e integrada ao cotidiano dos estudantes e, consequentemente de jovens e adultos.
(Fonte: BRASIL Escola. A importância do hábito de ler. Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/literatura/a-importancia-habito-ler.htm. Acesso em: 21 fev. 2019.)
Baseando em seus estudos, julgue as afirmativas a seguir:
- Desenvolver a habilidade de “procurar as respostas escondidas nas entrelinhas”, ou seja, de inferir, é algo imprescindível à leitura.
- O aluno que lê com proficiência é capaz de compreender melhor o mundo, isso corrobora, inclusive, para que ele tenha mais prazer nos estudos, pois o faz com maior facilidade e fluência.
- Possibilitar aos educandos levantar hipóteses acerca dos subentendidos, inferindo possíveis sentidos para o texto, de forma interativa com os colegas, é uma estratégia didática que mobiliza a compreensão da temática e possibilita o aprofundamento das percepções dos aprendizes.
- Espera-se que o professor desenvolva a criticidade do aprendiz. O debate acerca dos textos oportuniza aos alunos momentos em que devem mostrar o que constataram, o que conhecem sobre o tema e argumentarem acerca de seus pontos de vista, construindo seus significados.
Marque a alternativa que contém as afirmativas corretas:
Ele é capaz para o cargo na empresa, mas já tem 55 anos.
Joana é muito esforçada, portanto deverá passar no vestibular.
Convidei os meus amigos para o meu aniversário.
Larissa é excelente secretária.
Além de ser trabalhador, João é simpático e muito trabalhador, portanto é um ótimo candidato à vaga.
Você estudou que a linguagem deve ser concebida como interação social, e o seu poder argumentativo é observado pelas marcas linguísticas que estabelecem a relação de comunicação entre os interlocutores. O uso dessas marcas mostra a força argumentativa que o autor deseja estabelecer, apontando para determinadas direções, conclusões.
Nos enunciados a seguir, há o emprego de palavra(s) que pode(m) indicar um modo preconceituoso de analisar um indivíduo. Assinale a alternativa que revela um preconceito.
Ela é inteligente, mas é mulher.
Ela é estudiosa, portanto deverá passar no concurso.
Além de ser trabalhador, João é simpático.
Puxa, Pedro! Que bom que você veio!
A leitura eficaz de um texto exige atenção, relação com outros textos e capacidade de inferências.
A semântica da enunciação é uma teoria que estuda os textos a partir do discurso, do contexto. Tudo que falamos, lemos, escrevemos, ouvimos tem intenções. Assim, a enunciação envolve um contexto, em que há tempo, espaço, finalidades, objetivos, sujeitos e intencionalidades.
A partir dessas reflexões, leia o texto, a seguir, que faz parte de uma enunciação em um escritório, numa tarde, em que há um diálogo, entre sujeitos.
Uma funcionária estava conversando com seu chefe sobre tecnologia, quando, espontaneamente, proferiu o seguinte enunciado: “Com esse trabalho, o senhor irá se desenferrujar”. Após dizer a palavra desenferrujar, a funcionária e o chefe, que era um senhor muito sistemático, ficaram muito constrangidos.
Diante disso, valendo-se de seus estudos, julgue as afirmativas:
I. A partir da fala da funcionária “Com esse trabalho, o senhor irá se desenferrujar”, pode-se inferir (imaginar) que ela acredita que o chefe está enferrujado.
II. A fala da funcionária não foi apropriada, haja vista, que ela atribuiu uma característica depreciativa a seu chefe: a de estar enferrujado.
III. O enunciado da funcionária causou constrangimento para ela e para o chefe, porque nele está contido implicitamente a ideia de o chefe não estar em forma, isto é, de estar desatualizado.
Assinale a alternativa que contém a(s) afirmativa(s) correta(s).
I e III
III, apenas
I e II
II e III
I, II e III
O nome desse gênero textual
[...] é uma palavra de origem latina, muito utilizada pelos norte-americanos, que significa coleção daquilo que está ou pode ser guardado em um porta-folhas. No meio acadêmico, significa a reunião de suas reflexões e de suas leituras, de suas indagações. Expressa o desenvolvimento de sua própria aprendizagem. (MARTINS e BARBOSA, 2011, p. 236).
Sendo assim, o gênero deste texto é:
Resenha
Entrevista
Relato de experiência
Portfólio
Resumo
Leia o trecho a seguir.
“A disciplina literatura que se estuda na escola trata dos textos produzidos por escritores de períodos diversos da história da humanidade. Homens e mulheres que criaram e continuam criando textos de ficção em prosa, repletos de ações, personagens, conflitos, ambientes e climas, ou ainda, poemas que elaboram a sonoridade e os múltiplos significados das palavras.”(CARUSO, 2018, p.1).
(Fonte: CARUSO, Carla. Pedagogia &Comunicação. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/literatura-o-que-e.htm>. Acesso em: 21 fev. 2018)
Considerando as abordagens realizadas no curso acerca da importância do estudo da literatura no desenvolvimento da criança. Analise as afirmativas a seguir.
I - Alimentar o imaginário da criança é desenvolver a função simbólica por meio de textos, de imagens e de sons.
II - O imaginário, fomentado pela arte literária, possibilita ao leitor espanto e surpresa, criatividade, diferentes ângulos de vista, vivência cultural, emocional e existencial.
De acordo com o que você estudou, assinale a alternativa correta acerca das afirmativas analisadas.
A afirmativa I é falsa e a afirmativa II é verdadeira.
As duas afirmativas são falsas.
A afirmativa I é verdadeira e afirmativa II é falsa.
A afirmativa I é verdadeira e a afirmativa II é falsa, pois esta contrapõe-se a I.
As duas afirmativas são verdadeiras.
Observe o texto a seguir:
Vida Maria.
(Vida Maria). Brasil, 2006. Produção Joelma Ramos. Produção Executiva Isabela Veras. Roteiro, Computação Gráfica, Vozes Márcio Ramos.
O analfabetismo ainda é um dos grandes problemas enfrentados em nosso país, e na região nordeste, ele é ainda mais agravante. O último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), realizado em 2010, revelou que 59,1% da população do Nordeste de 10 anos ou mais de idade é considerado sem instrução e com ensino fundamental incompleto (14,3 pontos a mais se compararmos o menor índice desta população específica no país – o Sudeste com 44,8%). Em 2011, o Brasil ficou no 88º lugar no ranking da educação da Unesco. Coerente com esse cenário, em 2014, esta instituição, no relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, divulgou que o Brasil é o 8º país com maior número de analfabetos adultos.
O filme “Vida Maria” foi ganhador, em 2006, do 3º Prêmio Ceará de Cinema e Vídeo, da Secretaria da Cultura, do Governo do Estado do Ceará, cujo projeto recebeu apoio da Lei estadual de incentivo à cultura nº. 12.464, de 29 de junho de 1995. Foi produzido por Joelma Ramos e Isabela Veras, com roteiro de Márcio Ramos. É um curta-metragem de animação gráfica, em que os personagens são bem verossímeis, pois assumem formas físicas bastante semelhantes às das pessoas dos papéis representados. Embora já tenha nove anos de produção, a história é atual uma vez que revela, com arte, a perpetuação do analfabetismo, ainda vivenciada por muitos nordestinos.
O cenário é formado por um casebre e um grande terreiro cercado de tábuas de madeira. A vegetação do entorno é praticamente inexistente, há apenas uma árvore no quintal. O sol forte, o solo árido e a ausência de plantas revelam aspectos do sertão. O enredo é bastante simples. A história inicia-se focalizando um caderno, em que está escrito o nome “Maria José” repetidas vezes. Em seguida, a imagem vai se ampliando, de forma cadenciada, e vemos uma menina de, aproximadamente, sete anos de idade, que está, sozinha, aprendendo a escrever o seu nome. Para isso, debruça-se na janela da sala, usufruindo de seu peitoril como suporte para o caderno, e, também, da luz natural vinda do ambiente externo. O comportamento da criança mostra o quanto ela está absorta no desenvolvimento da escrita. De repente, sua mãe aproxima-se e a interpela de forma rude, ordenando que pare de “perder tempo desenhando o nome” e “vá para fora arranjar o que fazer”. A menina obedece, corre para o terreiro e bombeia manualmente a água da cisterna. À medida que ela transporta a água e realiza o trabalho doméstico nesse terreiro, vai passando cenas das fases de sua vida – como menina – como moça – como dona de casa que tem a primeira gravidez, a segunda gravidez, a terceira gravidez, as outras gravidezes – como mãe que acolhe seus oito filhos que chegam em casa e a cumprimentam – a nona gravidez. As cenas da lida no terreiro apenas cessam quando Maria José, já idosa, lembra-se de ir ao encontro de sua filha Maria de Lurdes, na casa. Neste momento, a mãe aproxima-se da menina que estava aprendendo a escrever, num caderno, amparada no peitoril da janela. Maria José interpela a menina exatamente como sua mãe fizera com ela, na cena do início do filme. A criança obedece e corre para o terreiro para cuidar dos afazeres domésticos. O foco da imagem volta-se para dentro da casa, onde é possível ver a realização de um velório, provavelmente do marido, com os filhos em volta. Em seguida, vemos imagens do caderno de Maria de Lurdes, que é o mesmo que sua mãe usou quando criança. Inusitadamente, o vento vai passando as páginas usadas deste caderno e, então, podemos ver que ele teve outras donas, pois contém os registros cursivos dos nomes de outras Marias: Maria Aparecida, Maria de Fátima, Maria das Dores, Maria da Conceição, Maria do Carmo. O filme encerra-se com a expressão “Vida Maria”.
O filme é encantador desde o primeiro momento. As cenas são cadenciadas e evidenciam passagens significativas da vida da protagonista. Detalhes como as mãos infantis em cima do caderno, a expressão do olhar da menina no exercício da escrita, a forma como delineia as letras revelam os sentimentos e as expectativas da personagem, quando criança. Logo na primeira cena, a ingenuidade, a esperança e a delicadeza da menina é contrastada com a dureza e a forma rude com que a mãe a trata. Há uma pormenorização do estudo diante dos afazeres domésticos que, ao contrário dos signos, constituem-se no concreto e cobram uma solução imediata. A menina se vê obrigada a abandonar o caderno, privilegiando outras contingências da vida. No cenário totalmente árido do sertão, distante das cidades, o estudo deixa de ter um sentido relevante, para ser apenas um luxo de quem não tem o que fazer. A falta de uma escola próxima e efetiva, e, também, o aspecto cultural, a tradição, restringem o desenvolvimento pleno das mulheres nordestinas que, ainda crianças, são alijadas do direito à Educação. A distância dessas brasileiras em relação às outras, revela-se além da geografia, ela é, também, social, cultural. A criança do sertão nordestino está imersa numa história que perpassa gerações e perpetua a ignorância, num Brasil em que a educação ainda não é para todos. Maria de Lurdes, como sua mãe Maria José, como sua avó Maria Aparecida, como sua bisavó Maria de Fátima, como sua tataravó Maria das Dores e outras tantas Marias das famílias nordestinas realizam práticas seculares, alheias à possibilidade de desenvolvimento e de liberdade que o estudo deve proporcionar. Assim, elas ficam, também, entregues aos mandos de uma cultura machista que aniquila mínimas condições de autonomia, de trazerem a sua vida em suas mãos. Nessa perspectiva, o filme Vida Maria surpreende pela perspicácia em denunciar as tramas desse contexto que torna essas meninas em, apenas, mais um número nas estatísticas do analfabetismo brasileiro, colocando o Brasil no lugar negligente em que ele realmente está: numa posição vexatória no ranking mundial de educação.
Autora do texto: Márcia Regina Pires
Ao analisar o texto em relação a seu gênero, tente identificar as seguintes partes:
- Título da obra.
- Dados de identificação da obra apresentada.
- Contextualização - Situa o momento sociocultural em que a obra é produzida e articula o motivo de sua realização a esse contexto.
- Apresentação da obra, situando o gênero, o autor e o tema.
- Breve resumo do enredo, ressaltando o tempo da história e o personagem principal.
- Comentário crítico.
- Autora do texto (deste texto que apresenta a obra).
Pode-se afirmar que o texto é composto pelas partes:
1, 2, 3, 4, 5, 7.
1, 2, 3, 7.
1, 2, 3, 4, 6, 7.
1, 2, 3, 6, 7.
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7.
Em muitas escolas, a leitura tem apenas a finalidade de trabalhar a gramática. Com o avanço das pesquisas nessa área, sabe-se que formar leitores é promover a sua cidadania. Reflita sobre isso, considerando os conhecimentos construídos no curso. Avalie as afirmações a seguir:
I. Compreender a função da leitura é compreender a inserção do aluno no mundo letrado, é promover a sua cidadania.
II. A gramática deve ser o ponto de partida para o ensino da competência leitora.
III. A aquisição da leitura está dissociada do processo de descoberta e de interpretação dos sentidos.
IV. A percepção crítica e analítica do leitor depende da maneira como o professor conduz suas aulas, inserindo debates que possibilitam a apresentação da história, da cultura, do grupo social de cada aluno.
V. A aquisição da leitura crítica é uma atividade essencial à aquisição de outras áreas do conhecimento.
Agora, escolha a alternativa que contém as afirmativas corretas:
Estão corretas as afirmativas II, IV e V.
Estão corretas as afirmativas I, III e IV.
Estão corretas as afirmativas II, III e V.
Estão corretas as afirmativas I, II e IV.
Estão corretas as afirmativas I, IV e V.
Leia o trecho a seguir.
A leitura reflexiva representa uma das boas vias para entender a realidade. É verídico que em nossa sociedade as práticas leitoras são pouco incentivadas e desenvolvidas. Desta forma, dado a sua importância, a leitura deve ser estimulada e integrada ao cotidiano dos estudantes e, consequentemente de jovens e adultos.
(Fonte: BRASIL Escola. A importância do hábito de ler. Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/literatura/a-importancia-habito-ler.htm. Acesso em: 21 fev. 2019.)
Baseando em seus estudos, julgue as afirmativas a seguir:
- Desenvolver a habilidade de “procurar as respostas escondidas nas entrelinhas”, ou seja, de inferir, é algo imprescindível à leitura.
- O aluno que lê com proficiência é capaz de compreender melhor o mundo, isso corrobora, inclusive, para que ele tenha mais prazer nos estudos, pois o faz com maior facilidade e fluência.
- Possibilitar aos educandos levantar hipóteses acerca dos subentendidos, inferindo possíveis sentidos para o texto, de forma interativa com os colegas, é uma estratégia didática que mobiliza a compreensão da temática e possibilita o aprofundamento das percepções dos aprendizes.
- Espera-se que o professor desenvolva a criticidade do aprendiz. O debate acerca dos textos oportuniza aos alunos momentos em que devem mostrar o que constataram, o que conhecem sobre o tema e argumentarem acerca de seus pontos de vista, construindo seus significados.
Marque a alternativa que contém as afirmativas corretas:
Ela é inteligente, mas é mulher.
Ela é estudiosa, portanto deverá passar no concurso.
Além de ser trabalhador, João é simpático.
Puxa, Pedro! Que bom que você veio!
A leitura eficaz de um texto exige atenção, relação com outros textos e capacidade de inferências.
A semântica da enunciação é uma teoria que estuda os textos a partir do discurso, do contexto. Tudo que falamos, lemos, escrevemos, ouvimos tem intenções. Assim, a enunciação envolve um contexto, em que há tempo, espaço, finalidades, objetivos, sujeitos e intencionalidades.
A partir dessas reflexões, leia o texto, a seguir, que faz parte de uma enunciação em um escritório, numa tarde, em que há um diálogo, entre sujeitos.
Uma funcionária estava conversando com seu chefe sobre tecnologia, quando, espontaneamente, proferiu o seguinte enunciado: “Com esse trabalho, o senhor irá se desenferrujar”. Após dizer a palavra desenferrujar, a funcionária e o chefe, que era um senhor muito sistemático, ficaram muito constrangidos.
Diante disso, valendo-se de seus estudos, julgue as afirmativas:
I. A partir da fala da funcionária “Com esse trabalho, o senhor irá se desenferrujar”, pode-se inferir (imaginar) que ela acredita que o chefe está enferrujado.
II. A fala da funcionária não foi apropriada, haja vista, que ela atribuiu uma característica depreciativa a seu chefe: a de estar enferrujado.
III. O enunciado da funcionária causou constrangimento para ela e para o chefe, porque nele está contido implicitamente a ideia de o chefe não estar em forma, isto é, de estar desatualizado.
Assinale a alternativa que contém a(s) afirmativa(s) correta(s).
I e III
III, apenas
I e II
II e III
I, II e III
O nome desse gênero textual
[...] é uma palavra de origem latina, muito utilizada pelos norte-americanos, que significa coleção daquilo que está ou pode ser guardado em um porta-folhas. No meio acadêmico, significa a reunião de suas reflexões e de suas leituras, de suas indagações. Expressa o desenvolvimento de sua própria aprendizagem. (MARTINS e BARBOSA, 2011, p. 236).
Sendo assim, o gênero deste texto é:
Resenha
Entrevista
Relato de experiência
Portfólio
Resumo
Leia o trecho a seguir.
“A disciplina literatura que se estuda na escola trata dos textos produzidos por escritores de períodos diversos da história da humanidade. Homens e mulheres que criaram e continuam criando textos de ficção em prosa, repletos de ações, personagens, conflitos, ambientes e climas, ou ainda, poemas que elaboram a sonoridade e os múltiplos significados das palavras.”(CARUSO, 2018, p.1).
(Fonte: CARUSO, Carla. Pedagogia &Comunicação. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/literatura-o-que-e.htm>. Acesso em: 21 fev. 2018)
Considerando as abordagens realizadas no curso acerca da importância do estudo da literatura no desenvolvimento da criança. Analise as afirmativas a seguir.
I - Alimentar o imaginário da criança é desenvolver a função simbólica por meio de textos, de imagens e de sons.
II - O imaginário, fomentado pela arte literária, possibilita ao leitor espanto e surpresa, criatividade, diferentes ângulos de vista, vivência cultural, emocional e existencial.
De acordo com o que você estudou, assinale a alternativa correta acerca das afirmativas analisadas.
A afirmativa I é falsa e a afirmativa II é verdadeira.
As duas afirmativas são falsas.
A afirmativa I é verdadeira e afirmativa II é falsa.
A afirmativa I é verdadeira e a afirmativa II é falsa, pois esta contrapõe-se a I.
As duas afirmativas são verdadeiras.
Observe o texto a seguir:
Vida Maria.
(Vida Maria). Brasil, 2006. Produção Joelma Ramos. Produção Executiva Isabela Veras. Roteiro, Computação Gráfica, Vozes Márcio Ramos.
O analfabetismo ainda é um dos grandes problemas enfrentados em nosso país, e na região nordeste, ele é ainda mais agravante. O último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), realizado em 2010, revelou que 59,1% da população do Nordeste de 10 anos ou mais de idade é considerado sem instrução e com ensino fundamental incompleto (14,3 pontos a mais se compararmos o menor índice desta população específica no país – o Sudeste com 44,8%). Em 2011, o Brasil ficou no 88º lugar no ranking da educação da Unesco. Coerente com esse cenário, em 2014, esta instituição, no relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, divulgou que o Brasil é o 8º país com maior número de analfabetos adultos.
O filme “Vida Maria” foi ganhador, em 2006, do 3º Prêmio Ceará de Cinema e Vídeo, da Secretaria da Cultura, do Governo do Estado do Ceará, cujo projeto recebeu apoio da Lei estadual de incentivo à cultura nº. 12.464, de 29 de junho de 1995. Foi produzido por Joelma Ramos e Isabela Veras, com roteiro de Márcio Ramos. É um curta-metragem de animação gráfica, em que os personagens são bem verossímeis, pois assumem formas físicas bastante semelhantes às das pessoas dos papéis representados. Embora já tenha nove anos de produção, a história é atual uma vez que revela, com arte, a perpetuação do analfabetismo, ainda vivenciada por muitos nordestinos.
O cenário é formado por um casebre e um grande terreiro cercado de tábuas de madeira. A vegetação do entorno é praticamente inexistente, há apenas uma árvore no quintal. O sol forte, o solo árido e a ausência de plantas revelam aspectos do sertão. O enredo é bastante simples. A história inicia-se focalizando um caderno, em que está escrito o nome “Maria José” repetidas vezes. Em seguida, a imagem vai se ampliando, de forma cadenciada, e vemos uma menina de, aproximadamente, sete anos de idade, que está, sozinha, aprendendo a escrever o seu nome. Para isso, debruça-se na janela da sala, usufruindo de seu peitoril como suporte para o caderno, e, também, da luz natural vinda do ambiente externo. O comportamento da criança mostra o quanto ela está absorta no desenvolvimento da escrita. De repente, sua mãe aproxima-se e a interpela de forma rude, ordenando que pare de “perder tempo desenhando o nome” e “vá para fora arranjar o que fazer”. A menina obedece, corre para o terreiro e bombeia manualmente a água da cisterna. À medida que ela transporta a água e realiza o trabalho doméstico nesse terreiro, vai passando cenas das fases de sua vida – como menina – como moça – como dona de casa que tem a primeira gravidez, a segunda gravidez, a terceira gravidez, as outras gravidezes – como mãe que acolhe seus oito filhos que chegam em casa e a cumprimentam – a nona gravidez. As cenas da lida no terreiro apenas cessam quando Maria José, já idosa, lembra-se de ir ao encontro de sua filha Maria de Lurdes, na casa. Neste momento, a mãe aproxima-se da menina que estava aprendendo a escrever, num caderno, amparada no peitoril da janela. Maria José interpela a menina exatamente como sua mãe fizera com ela, na cena do início do filme. A criança obedece e corre para o terreiro para cuidar dos afazeres domésticos. O foco da imagem volta-se para dentro da casa, onde é possível ver a realização de um velório, provavelmente do marido, com os filhos em volta. Em seguida, vemos imagens do caderno de Maria de Lurdes, que é o mesmo que sua mãe usou quando criança. Inusitadamente, o vento vai passando as páginas usadas deste caderno e, então, podemos ver que ele teve outras donas, pois contém os registros cursivos dos nomes de outras Marias: Maria Aparecida, Maria de Fátima, Maria das Dores, Maria da Conceição, Maria do Carmo. O filme encerra-se com a expressão “Vida Maria”.
O filme é encantador desde o primeiro momento. As cenas são cadenciadas e evidenciam passagens significativas da vida da protagonista. Detalhes como as mãos infantis em cima do caderno, a expressão do olhar da menina no exercício da escrita, a forma como delineia as letras revelam os sentimentos e as expectativas da personagem, quando criança. Logo na primeira cena, a ingenuidade, a esperança e a delicadeza da menina é contrastada com a dureza e a forma rude com que a mãe a trata. Há uma pormenorização do estudo diante dos afazeres domésticos que, ao contrário dos signos, constituem-se no concreto e cobram uma solução imediata. A menina se vê obrigada a abandonar o caderno, privilegiando outras contingências da vida. No cenário totalmente árido do sertão, distante das cidades, o estudo deixa de ter um sentido relevante, para ser apenas um luxo de quem não tem o que fazer. A falta de uma escola próxima e efetiva, e, também, o aspecto cultural, a tradição, restringem o desenvolvimento pleno das mulheres nordestinas que, ainda crianças, são alijadas do direito à Educação. A distância dessas brasileiras em relação às outras, revela-se além da geografia, ela é, também, social, cultural. A criança do sertão nordestino está imersa numa história que perpassa gerações e perpetua a ignorância, num Brasil em que a educação ainda não é para todos. Maria de Lurdes, como sua mãe Maria José, como sua avó Maria Aparecida, como sua bisavó Maria de Fátima, como sua tataravó Maria das Dores e outras tantas Marias das famílias nordestinas realizam práticas seculares, alheias à possibilidade de desenvolvimento e de liberdade que o estudo deve proporcionar. Assim, elas ficam, também, entregues aos mandos de uma cultura machista que aniquila mínimas condições de autonomia, de trazerem a sua vida em suas mãos. Nessa perspectiva, o filme Vida Maria surpreende pela perspicácia em denunciar as tramas desse contexto que torna essas meninas em, apenas, mais um número nas estatísticas do analfabetismo brasileiro, colocando o Brasil no lugar negligente em que ele realmente está: numa posição vexatória no ranking mundial de educação.
Autora do texto: Márcia Regina Pires
Ao analisar o texto em relação a seu gênero, tente identificar as seguintes partes:
- Título da obra.
- Dados de identificação da obra apresentada.
- Contextualização - Situa o momento sociocultural em que a obra é produzida e articula o motivo de sua realização a esse contexto.
- Apresentação da obra, situando o gênero, o autor e o tema.
- Breve resumo do enredo, ressaltando o tempo da história e o personagem principal.
- Comentário crítico.
- Autora do texto (deste texto que apresenta a obra).
Pode-se afirmar que o texto é composto pelas partes:
1, 2, 3, 4, 5, 7.
1, 2, 3, 7.
1, 2, 3, 4, 6, 7.
1, 2, 3, 6, 7.
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7.
Em muitas escolas, a leitura tem apenas a finalidade de trabalhar a gramática. Com o avanço das pesquisas nessa área, sabe-se que formar leitores é promover a sua cidadania. Reflita sobre isso, considerando os conhecimentos construídos no curso. Avalie as afirmações a seguir:
I. Compreender a função da leitura é compreender a inserção do aluno no mundo letrado, é promover a sua cidadania.
II. A gramática deve ser o ponto de partida para o ensino da competência leitora.
III. A aquisição da leitura está dissociada do processo de descoberta e de interpretação dos sentidos.
IV. A percepção crítica e analítica do leitor depende da maneira como o professor conduz suas aulas, inserindo debates que possibilitam a apresentação da história, da cultura, do grupo social de cada aluno.
V. A aquisição da leitura crítica é uma atividade essencial à aquisição de outras áreas do conhecimento.
Agora, escolha a alternativa que contém as afirmativas corretas:
Estão corretas as afirmativas II, IV e V.
Estão corretas as afirmativas I, III e IV.
Estão corretas as afirmativas II, III e V.
Estão corretas as afirmativas I, II e IV.
Estão corretas as afirmativas I, IV e V.
Leia o trecho a seguir.
A leitura reflexiva representa uma das boas vias para entender a realidade. É verídico que em nossa sociedade as práticas leitoras são pouco incentivadas e desenvolvidas. Desta forma, dado a sua importância, a leitura deve ser estimulada e integrada ao cotidiano dos estudantes e, consequentemente de jovens e adultos.
(Fonte: BRASIL Escola. A importância do hábito de ler. Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/literatura/a-importancia-habito-ler.htm. Acesso em: 21 fev. 2019.)
Baseando em seus estudos, julgue as afirmativas a seguir:
- Desenvolver a habilidade de “procurar as respostas escondidas nas entrelinhas”, ou seja, de inferir, é algo imprescindível à leitura.
- O aluno que lê com proficiência é capaz de compreender melhor o mundo, isso corrobora, inclusive, para que ele tenha mais prazer nos estudos, pois o faz com maior facilidade e fluência.
- Possibilitar aos educandos levantar hipóteses acerca dos subentendidos, inferindo possíveis sentidos para o texto, de forma interativa com os colegas, é uma estratégia didática que mobiliza a compreensão da temática e possibilita o aprofundamento das percepções dos aprendizes.
- Espera-se que o professor desenvolva a criticidade do aprendiz. O debate acerca dos textos oportuniza aos alunos momentos em que devem mostrar o que constataram, o que conhecem sobre o tema e argumentarem acerca de seus pontos de vista, construindo seus significados.
Marque a alternativa que contém as afirmativas corretas:
I e III
III, apenas
I e II
II e III
I, II e III
O nome desse gênero textual
[...] é uma palavra de origem latina, muito utilizada pelos norte-americanos, que significa coleção daquilo que está ou pode ser guardado em um porta-folhas. No meio acadêmico, significa a reunião de suas reflexões e de suas leituras, de suas indagações. Expressa o desenvolvimento de sua própria aprendizagem. (MARTINS e BARBOSA, 2011, p. 236).
Sendo assim, o gênero deste texto é:
Resenha
Entrevista
Relato de experiência
Portfólio
Resumo
Leia o trecho a seguir.
“A disciplina literatura que se estuda na escola trata dos textos produzidos por escritores de períodos diversos da história da humanidade. Homens e mulheres que criaram e continuam criando textos de ficção em prosa, repletos de ações, personagens, conflitos, ambientes e climas, ou ainda, poemas que elaboram a sonoridade e os múltiplos significados das palavras.”(CARUSO, 2018, p.1).
(Fonte: CARUSO, Carla. Pedagogia &Comunicação. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/literatura-o-que-e.htm>. Acesso em: 21 fev. 2018)
Considerando as abordagens realizadas no curso acerca da importância do estudo da literatura no desenvolvimento da criança. Analise as afirmativas a seguir.
I - Alimentar o imaginário da criança é desenvolver a função simbólica por meio de textos, de imagens e de sons.
II - O imaginário, fomentado pela arte literária, possibilita ao leitor espanto e surpresa, criatividade, diferentes ângulos de vista, vivência cultural, emocional e existencial.
De acordo com o que você estudou, assinale a alternativa correta acerca das afirmativas analisadas.
A afirmativa I é falsa e a afirmativa II é verdadeira.
As duas afirmativas são falsas.
A afirmativa I é verdadeira e afirmativa II é falsa.
A afirmativa I é verdadeira e a afirmativa II é falsa, pois esta contrapõe-se a I.
As duas afirmativas são verdadeiras.
Observe o texto a seguir:
Vida Maria.
(Vida Maria). Brasil, 2006. Produção Joelma Ramos. Produção Executiva Isabela Veras. Roteiro, Computação Gráfica, Vozes Márcio Ramos.
O analfabetismo ainda é um dos grandes problemas enfrentados em nosso país, e na região nordeste, ele é ainda mais agravante. O último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), realizado em 2010, revelou que 59,1% da população do Nordeste de 10 anos ou mais de idade é considerado sem instrução e com ensino fundamental incompleto (14,3 pontos a mais se compararmos o menor índice desta população específica no país – o Sudeste com 44,8%). Em 2011, o Brasil ficou no 88º lugar no ranking da educação da Unesco. Coerente com esse cenário, em 2014, esta instituição, no relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, divulgou que o Brasil é o 8º país com maior número de analfabetos adultos.
O filme “Vida Maria” foi ganhador, em 2006, do 3º Prêmio Ceará de Cinema e Vídeo, da Secretaria da Cultura, do Governo do Estado do Ceará, cujo projeto recebeu apoio da Lei estadual de incentivo à cultura nº. 12.464, de 29 de junho de 1995. Foi produzido por Joelma Ramos e Isabela Veras, com roteiro de Márcio Ramos. É um curta-metragem de animação gráfica, em que os personagens são bem verossímeis, pois assumem formas físicas bastante semelhantes às das pessoas dos papéis representados. Embora já tenha nove anos de produção, a história é atual uma vez que revela, com arte, a perpetuação do analfabetismo, ainda vivenciada por muitos nordestinos.
O cenário é formado por um casebre e um grande terreiro cercado de tábuas de madeira. A vegetação do entorno é praticamente inexistente, há apenas uma árvore no quintal. O sol forte, o solo árido e a ausência de plantas revelam aspectos do sertão. O enredo é bastante simples. A história inicia-se focalizando um caderno, em que está escrito o nome “Maria José” repetidas vezes. Em seguida, a imagem vai se ampliando, de forma cadenciada, e vemos uma menina de, aproximadamente, sete anos de idade, que está, sozinha, aprendendo a escrever o seu nome. Para isso, debruça-se na janela da sala, usufruindo de seu peitoril como suporte para o caderno, e, também, da luz natural vinda do ambiente externo. O comportamento da criança mostra o quanto ela está absorta no desenvolvimento da escrita. De repente, sua mãe aproxima-se e a interpela de forma rude, ordenando que pare de “perder tempo desenhando o nome” e “vá para fora arranjar o que fazer”. A menina obedece, corre para o terreiro e bombeia manualmente a água da cisterna. À medida que ela transporta a água e realiza o trabalho doméstico nesse terreiro, vai passando cenas das fases de sua vida – como menina – como moça – como dona de casa que tem a primeira gravidez, a segunda gravidez, a terceira gravidez, as outras gravidezes – como mãe que acolhe seus oito filhos que chegam em casa e a cumprimentam – a nona gravidez. As cenas da lida no terreiro apenas cessam quando Maria José, já idosa, lembra-se de ir ao encontro de sua filha Maria de Lurdes, na casa. Neste momento, a mãe aproxima-se da menina que estava aprendendo a escrever, num caderno, amparada no peitoril da janela. Maria José interpela a menina exatamente como sua mãe fizera com ela, na cena do início do filme. A criança obedece e corre para o terreiro para cuidar dos afazeres domésticos. O foco da imagem volta-se para dentro da casa, onde é possível ver a realização de um velório, provavelmente do marido, com os filhos em volta. Em seguida, vemos imagens do caderno de Maria de Lurdes, que é o mesmo que sua mãe usou quando criança. Inusitadamente, o vento vai passando as páginas usadas deste caderno e, então, podemos ver que ele teve outras donas, pois contém os registros cursivos dos nomes de outras Marias: Maria Aparecida, Maria de Fátima, Maria das Dores, Maria da Conceição, Maria do Carmo. O filme encerra-se com a expressão “Vida Maria”.
O filme é encantador desde o primeiro momento. As cenas são cadenciadas e evidenciam passagens significativas da vida da protagonista. Detalhes como as mãos infantis em cima do caderno, a expressão do olhar da menina no exercício da escrita, a forma como delineia as letras revelam os sentimentos e as expectativas da personagem, quando criança. Logo na primeira cena, a ingenuidade, a esperança e a delicadeza da menina é contrastada com a dureza e a forma rude com que a mãe a trata. Há uma pormenorização do estudo diante dos afazeres domésticos que, ao contrário dos signos, constituem-se no concreto e cobram uma solução imediata. A menina se vê obrigada a abandonar o caderno, privilegiando outras contingências da vida. No cenário totalmente árido do sertão, distante das cidades, o estudo deixa de ter um sentido relevante, para ser apenas um luxo de quem não tem o que fazer. A falta de uma escola próxima e efetiva, e, também, o aspecto cultural, a tradição, restringem o desenvolvimento pleno das mulheres nordestinas que, ainda crianças, são alijadas do direito à Educação. A distância dessas brasileiras em relação às outras, revela-se além da geografia, ela é, também, social, cultural. A criança do sertão nordestino está imersa numa história que perpassa gerações e perpetua a ignorância, num Brasil em que a educação ainda não é para todos. Maria de Lurdes, como sua mãe Maria José, como sua avó Maria Aparecida, como sua bisavó Maria de Fátima, como sua tataravó Maria das Dores e outras tantas Marias das famílias nordestinas realizam práticas seculares, alheias à possibilidade de desenvolvimento e de liberdade que o estudo deve proporcionar. Assim, elas ficam, também, entregues aos mandos de uma cultura machista que aniquila mínimas condições de autonomia, de trazerem a sua vida em suas mãos. Nessa perspectiva, o filme Vida Maria surpreende pela perspicácia em denunciar as tramas desse contexto que torna essas meninas em, apenas, mais um número nas estatísticas do analfabetismo brasileiro, colocando o Brasil no lugar negligente em que ele realmente está: numa posição vexatória no ranking mundial de educação.
Autora do texto: Márcia Regina Pires
Ao analisar o texto em relação a seu gênero, tente identificar as seguintes partes:
- Título da obra.
- Dados de identificação da obra apresentada.
- Contextualização - Situa o momento sociocultural em que a obra é produzida e articula o motivo de sua realização a esse contexto.
- Apresentação da obra, situando o gênero, o autor e o tema.
- Breve resumo do enredo, ressaltando o tempo da história e o personagem principal.
- Comentário crítico.
- Autora do texto (deste texto que apresenta a obra).
Pode-se afirmar que o texto é composto pelas partes:
1, 2, 3, 4, 5, 7.
1, 2, 3, 7.
1, 2, 3, 4, 6, 7.
1, 2, 3, 6, 7.
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7.
Em muitas escolas, a leitura tem apenas a finalidade de trabalhar a gramática. Com o avanço das pesquisas nessa área, sabe-se que formar leitores é promover a sua cidadania. Reflita sobre isso, considerando os conhecimentos construídos no curso. Avalie as afirmações a seguir:
I. Compreender a função da leitura é compreender a inserção do aluno no mundo letrado, é promover a sua cidadania.
II. A gramática deve ser o ponto de partida para o ensino da competência leitora.
III. A aquisição da leitura está dissociada do processo de descoberta e de interpretação dos sentidos.
IV. A percepção crítica e analítica do leitor depende da maneira como o professor conduz suas aulas, inserindo debates que possibilitam a apresentação da história, da cultura, do grupo social de cada aluno.
V. A aquisição da leitura crítica é uma atividade essencial à aquisição de outras áreas do conhecimento.
Agora, escolha a alternativa que contém as afirmativas corretas:
Estão corretas as afirmativas II, IV e V.
Estão corretas as afirmativas I, III e IV.
Estão corretas as afirmativas II, III e V.
Estão corretas as afirmativas I, II e IV.
Estão corretas as afirmativas I, IV e V.
Leia o trecho a seguir.
A leitura reflexiva representa uma das boas vias para entender a realidade. É verídico que em nossa sociedade as práticas leitoras são pouco incentivadas e desenvolvidas. Desta forma, dado a sua importância, a leitura deve ser estimulada e integrada ao cotidiano dos estudantes e, consequentemente de jovens e adultos.
(Fonte: BRASIL Escola. A importância do hábito de ler. Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/literatura/a-importancia-habito-ler.htm. Acesso em: 21 fev. 2019.)
Baseando em seus estudos, julgue as afirmativas a seguir:
- Desenvolver a habilidade de “procurar as respostas escondidas nas entrelinhas”, ou seja, de inferir, é algo imprescindível à leitura.
- O aluno que lê com proficiência é capaz de compreender melhor o mundo, isso corrobora, inclusive, para que ele tenha mais prazer nos estudos, pois o faz com maior facilidade e fluência.
- Possibilitar aos educandos levantar hipóteses acerca dos subentendidos, inferindo possíveis sentidos para o texto, de forma interativa com os colegas, é uma estratégia didática que mobiliza a compreensão da temática e possibilita o aprofundamento das percepções dos aprendizes.
- Espera-se que o professor desenvolva a criticidade do aprendiz. O debate acerca dos textos oportuniza aos alunos momentos em que devem mostrar o que constataram, o que conhecem sobre o tema e argumentarem acerca de seus pontos de vista, construindo seus significados.
Marque a alternativa que contém as afirmativas corretas:
Resenha
Entrevista
Relato de experiência
Portfólio
Resumo
Leia o trecho a seguir.
“A disciplina literatura que se estuda na escola trata dos textos produzidos por escritores de períodos diversos da história da humanidade. Homens e mulheres que criaram e continuam criando textos de ficção em prosa, repletos de ações, personagens, conflitos, ambientes e climas, ou ainda, poemas que elaboram a sonoridade e os múltiplos significados das palavras.”(CARUSO, 2018, p.1).
(Fonte: CARUSO, Carla. Pedagogia &Comunicação. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/literatura-o-que-e.htm>. Acesso em: 21 fev. 2018)
Considerando as abordagens realizadas no curso acerca da importância do estudo da literatura no desenvolvimento da criança. Analise as afirmativas a seguir.
I - Alimentar o imaginário da criança é desenvolver a função simbólica por meio de textos, de imagens e de sons.
II - O imaginário, fomentado pela arte literária, possibilita ao leitor espanto e surpresa, criatividade, diferentes ângulos de vista, vivência cultural, emocional e existencial.
De acordo com o que você estudou, assinale a alternativa correta acerca das afirmativas analisadas.
A afirmativa I é falsa e a afirmativa II é verdadeira.
As duas afirmativas são falsas.
A afirmativa I é verdadeira e afirmativa II é falsa.
A afirmativa I é verdadeira e a afirmativa II é falsa, pois esta contrapõe-se a I.
As duas afirmativas são verdadeiras.
Observe o texto a seguir:
Vida Maria.
(Vida Maria). Brasil, 2006. Produção Joelma Ramos. Produção Executiva Isabela Veras. Roteiro, Computação Gráfica, Vozes Márcio Ramos.
O analfabetismo ainda é um dos grandes problemas enfrentados em nosso país, e na região nordeste, ele é ainda mais agravante. O último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), realizado em 2010, revelou que 59,1% da população do Nordeste de 10 anos ou mais de idade é considerado sem instrução e com ensino fundamental incompleto (14,3 pontos a mais se compararmos o menor índice desta população específica no país – o Sudeste com 44,8%). Em 2011, o Brasil ficou no 88º lugar no ranking da educação da Unesco. Coerente com esse cenário, em 2014, esta instituição, no relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, divulgou que o Brasil é o 8º país com maior número de analfabetos adultos.
O filme “Vida Maria” foi ganhador, em 2006, do 3º Prêmio Ceará de Cinema e Vídeo, da Secretaria da Cultura, do Governo do Estado do Ceará, cujo projeto recebeu apoio da Lei estadual de incentivo à cultura nº. 12.464, de 29 de junho de 1995. Foi produzido por Joelma Ramos e Isabela Veras, com roteiro de Márcio Ramos. É um curta-metragem de animação gráfica, em que os personagens são bem verossímeis, pois assumem formas físicas bastante semelhantes às das pessoas dos papéis representados. Embora já tenha nove anos de produção, a história é atual uma vez que revela, com arte, a perpetuação do analfabetismo, ainda vivenciada por muitos nordestinos.
O cenário é formado por um casebre e um grande terreiro cercado de tábuas de madeira. A vegetação do entorno é praticamente inexistente, há apenas uma árvore no quintal. O sol forte, o solo árido e a ausência de plantas revelam aspectos do sertão. O enredo é bastante simples. A história inicia-se focalizando um caderno, em que está escrito o nome “Maria José” repetidas vezes. Em seguida, a imagem vai se ampliando, de forma cadenciada, e vemos uma menina de, aproximadamente, sete anos de idade, que está, sozinha, aprendendo a escrever o seu nome. Para isso, debruça-se na janela da sala, usufruindo de seu peitoril como suporte para o caderno, e, também, da luz natural vinda do ambiente externo. O comportamento da criança mostra o quanto ela está absorta no desenvolvimento da escrita. De repente, sua mãe aproxima-se e a interpela de forma rude, ordenando que pare de “perder tempo desenhando o nome” e “vá para fora arranjar o que fazer”. A menina obedece, corre para o terreiro e bombeia manualmente a água da cisterna. À medida que ela transporta a água e realiza o trabalho doméstico nesse terreiro, vai passando cenas das fases de sua vida – como menina – como moça – como dona de casa que tem a primeira gravidez, a segunda gravidez, a terceira gravidez, as outras gravidezes – como mãe que acolhe seus oito filhos que chegam em casa e a cumprimentam – a nona gravidez. As cenas da lida no terreiro apenas cessam quando Maria José, já idosa, lembra-se de ir ao encontro de sua filha Maria de Lurdes, na casa. Neste momento, a mãe aproxima-se da menina que estava aprendendo a escrever, num caderno, amparada no peitoril da janela. Maria José interpela a menina exatamente como sua mãe fizera com ela, na cena do início do filme. A criança obedece e corre para o terreiro para cuidar dos afazeres domésticos. O foco da imagem volta-se para dentro da casa, onde é possível ver a realização de um velório, provavelmente do marido, com os filhos em volta. Em seguida, vemos imagens do caderno de Maria de Lurdes, que é o mesmo que sua mãe usou quando criança. Inusitadamente, o vento vai passando as páginas usadas deste caderno e, então, podemos ver que ele teve outras donas, pois contém os registros cursivos dos nomes de outras Marias: Maria Aparecida, Maria de Fátima, Maria das Dores, Maria da Conceição, Maria do Carmo. O filme encerra-se com a expressão “Vida Maria”.
O filme é encantador desde o primeiro momento. As cenas são cadenciadas e evidenciam passagens significativas da vida da protagonista. Detalhes como as mãos infantis em cima do caderno, a expressão do olhar da menina no exercício da escrita, a forma como delineia as letras revelam os sentimentos e as expectativas da personagem, quando criança. Logo na primeira cena, a ingenuidade, a esperança e a delicadeza da menina é contrastada com a dureza e a forma rude com que a mãe a trata. Há uma pormenorização do estudo diante dos afazeres domésticos que, ao contrário dos signos, constituem-se no concreto e cobram uma solução imediata. A menina se vê obrigada a abandonar o caderno, privilegiando outras contingências da vida. No cenário totalmente árido do sertão, distante das cidades, o estudo deixa de ter um sentido relevante, para ser apenas um luxo de quem não tem o que fazer. A falta de uma escola próxima e efetiva, e, também, o aspecto cultural, a tradição, restringem o desenvolvimento pleno das mulheres nordestinas que, ainda crianças, são alijadas do direito à Educação. A distância dessas brasileiras em relação às outras, revela-se além da geografia, ela é, também, social, cultural. A criança do sertão nordestino está imersa numa história que perpassa gerações e perpetua a ignorância, num Brasil em que a educação ainda não é para todos. Maria de Lurdes, como sua mãe Maria José, como sua avó Maria Aparecida, como sua bisavó Maria de Fátima, como sua tataravó Maria das Dores e outras tantas Marias das famílias nordestinas realizam práticas seculares, alheias à possibilidade de desenvolvimento e de liberdade que o estudo deve proporcionar. Assim, elas ficam, também, entregues aos mandos de uma cultura machista que aniquila mínimas condições de autonomia, de trazerem a sua vida em suas mãos. Nessa perspectiva, o filme Vida Maria surpreende pela perspicácia em denunciar as tramas desse contexto que torna essas meninas em, apenas, mais um número nas estatísticas do analfabetismo brasileiro, colocando o Brasil no lugar negligente em que ele realmente está: numa posição vexatória no ranking mundial de educação.
Autora do texto: Márcia Regina Pires
Ao analisar o texto em relação a seu gênero, tente identificar as seguintes partes:
- Título da obra.
- Dados de identificação da obra apresentada.
- Contextualização - Situa o momento sociocultural em que a obra é produzida e articula o motivo de sua realização a esse contexto.
- Apresentação da obra, situando o gênero, o autor e o tema.
- Breve resumo do enredo, ressaltando o tempo da história e o personagem principal.
- Comentário crítico.
- Autora do texto (deste texto que apresenta a obra).
Pode-se afirmar que o texto é composto pelas partes:
1, 2, 3, 4, 5, 7.
1, 2, 3, 7.
1, 2, 3, 4, 6, 7.
1, 2, 3, 6, 7.
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7.
Em muitas escolas, a leitura tem apenas a finalidade de trabalhar a gramática. Com o avanço das pesquisas nessa área, sabe-se que formar leitores é promover a sua cidadania. Reflita sobre isso, considerando os conhecimentos construídos no curso. Avalie as afirmações a seguir:
I. Compreender a função da leitura é compreender a inserção do aluno no mundo letrado, é promover a sua cidadania.
II. A gramática deve ser o ponto de partida para o ensino da competência leitora.
III. A aquisição da leitura está dissociada do processo de descoberta e de interpretação dos sentidos.
IV. A percepção crítica e analítica do leitor depende da maneira como o professor conduz suas aulas, inserindo debates que possibilitam a apresentação da história, da cultura, do grupo social de cada aluno.
V. A aquisição da leitura crítica é uma atividade essencial à aquisição de outras áreas do conhecimento.
Agora, escolha a alternativa que contém as afirmativas corretas:
Estão corretas as afirmativas II, IV e V.
Estão corretas as afirmativas I, III e IV.
Estão corretas as afirmativas II, III e V.
Estão corretas as afirmativas I, II e IV.
Estão corretas as afirmativas I, IV e V.
Leia o trecho a seguir.
A leitura reflexiva representa uma das boas vias para entender a realidade. É verídico que em nossa sociedade as práticas leitoras são pouco incentivadas e desenvolvidas. Desta forma, dado a sua importância, a leitura deve ser estimulada e integrada ao cotidiano dos estudantes e, consequentemente de jovens e adultos.
(Fonte: BRASIL Escola. A importância do hábito de ler. Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/literatura/a-importancia-habito-ler.htm. Acesso em: 21 fev. 2019.)
Baseando em seus estudos, julgue as afirmativas a seguir:
- Desenvolver a habilidade de “procurar as respostas escondidas nas entrelinhas”, ou seja, de inferir, é algo imprescindível à leitura.
- O aluno que lê com proficiência é capaz de compreender melhor o mundo, isso corrobora, inclusive, para que ele tenha mais prazer nos estudos, pois o faz com maior facilidade e fluência.
- Possibilitar aos educandos levantar hipóteses acerca dos subentendidos, inferindo possíveis sentidos para o texto, de forma interativa com os colegas, é uma estratégia didática que mobiliza a compreensão da temática e possibilita o aprofundamento das percepções dos aprendizes.
- Espera-se que o professor desenvolva a criticidade do aprendiz. O debate acerca dos textos oportuniza aos alunos momentos em que devem mostrar o que constataram, o que conhecem sobre o tema e argumentarem acerca de seus pontos de vista, construindo seus significados.
Marque a alternativa que contém as afirmativas corretas:
A afirmativa I é falsa e a afirmativa II é verdadeira.
As duas afirmativas são falsas.
A afirmativa I é verdadeira e afirmativa II é falsa.
A afirmativa I é verdadeira e a afirmativa II é falsa, pois esta contrapõe-se a I.
As duas afirmativas são verdadeiras.
Observe o texto a seguir:
Vida Maria.
(Vida Maria). Brasil, 2006. Produção Joelma Ramos. Produção Executiva Isabela Veras. Roteiro, Computação Gráfica, Vozes Márcio Ramos.
O analfabetismo ainda é um dos grandes problemas enfrentados em nosso país, e na região nordeste, ele é ainda mais agravante. O último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), realizado em 2010, revelou que 59,1% da população do Nordeste de 10 anos ou mais de idade é considerado sem instrução e com ensino fundamental incompleto (14,3 pontos a mais se compararmos o menor índice desta população específica no país – o Sudeste com 44,8%). Em 2011, o Brasil ficou no 88º lugar no ranking da educação da Unesco. Coerente com esse cenário, em 2014, esta instituição, no relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, divulgou que o Brasil é o 8º país com maior número de analfabetos adultos.
O filme “Vida Maria” foi ganhador, em 2006, do 3º Prêmio Ceará de Cinema e Vídeo, da Secretaria da Cultura, do Governo do Estado do Ceará, cujo projeto recebeu apoio da Lei estadual de incentivo à cultura nº. 12.464, de 29 de junho de 1995. Foi produzido por Joelma Ramos e Isabela Veras, com roteiro de Márcio Ramos. É um curta-metragem de animação gráfica, em que os personagens são bem verossímeis, pois assumem formas físicas bastante semelhantes às das pessoas dos papéis representados. Embora já tenha nove anos de produção, a história é atual uma vez que revela, com arte, a perpetuação do analfabetismo, ainda vivenciada por muitos nordestinos.
O cenário é formado por um casebre e um grande terreiro cercado de tábuas de madeira. A vegetação do entorno é praticamente inexistente, há apenas uma árvore no quintal. O sol forte, o solo árido e a ausência de plantas revelam aspectos do sertão. O enredo é bastante simples. A história inicia-se focalizando um caderno, em que está escrito o nome “Maria José” repetidas vezes. Em seguida, a imagem vai se ampliando, de forma cadenciada, e vemos uma menina de, aproximadamente, sete anos de idade, que está, sozinha, aprendendo a escrever o seu nome. Para isso, debruça-se na janela da sala, usufruindo de seu peitoril como suporte para o caderno, e, também, da luz natural vinda do ambiente externo. O comportamento da criança mostra o quanto ela está absorta no desenvolvimento da escrita. De repente, sua mãe aproxima-se e a interpela de forma rude, ordenando que pare de “perder tempo desenhando o nome” e “vá para fora arranjar o que fazer”. A menina obedece, corre para o terreiro e bombeia manualmente a água da cisterna. À medida que ela transporta a água e realiza o trabalho doméstico nesse terreiro, vai passando cenas das fases de sua vida – como menina – como moça – como dona de casa que tem a primeira gravidez, a segunda gravidez, a terceira gravidez, as outras gravidezes – como mãe que acolhe seus oito filhos que chegam em casa e a cumprimentam – a nona gravidez. As cenas da lida no terreiro apenas cessam quando Maria José, já idosa, lembra-se de ir ao encontro de sua filha Maria de Lurdes, na casa. Neste momento, a mãe aproxima-se da menina que estava aprendendo a escrever, num caderno, amparada no peitoril da janela. Maria José interpela a menina exatamente como sua mãe fizera com ela, na cena do início do filme. A criança obedece e corre para o terreiro para cuidar dos afazeres domésticos. O foco da imagem volta-se para dentro da casa, onde é possível ver a realização de um velório, provavelmente do marido, com os filhos em volta. Em seguida, vemos imagens do caderno de Maria de Lurdes, que é o mesmo que sua mãe usou quando criança. Inusitadamente, o vento vai passando as páginas usadas deste caderno e, então, podemos ver que ele teve outras donas, pois contém os registros cursivos dos nomes de outras Marias: Maria Aparecida, Maria de Fátima, Maria das Dores, Maria da Conceição, Maria do Carmo. O filme encerra-se com a expressão “Vida Maria”.
O filme é encantador desde o primeiro momento. As cenas são cadenciadas e evidenciam passagens significativas da vida da protagonista. Detalhes como as mãos infantis em cima do caderno, a expressão do olhar da menina no exercício da escrita, a forma como delineia as letras revelam os sentimentos e as expectativas da personagem, quando criança. Logo na primeira cena, a ingenuidade, a esperança e a delicadeza da menina é contrastada com a dureza e a forma rude com que a mãe a trata. Há uma pormenorização do estudo diante dos afazeres domésticos que, ao contrário dos signos, constituem-se no concreto e cobram uma solução imediata. A menina se vê obrigada a abandonar o caderno, privilegiando outras contingências da vida. No cenário totalmente árido do sertão, distante das cidades, o estudo deixa de ter um sentido relevante, para ser apenas um luxo de quem não tem o que fazer. A falta de uma escola próxima e efetiva, e, também, o aspecto cultural, a tradição, restringem o desenvolvimento pleno das mulheres nordestinas que, ainda crianças, são alijadas do direito à Educação. A distância dessas brasileiras em relação às outras, revela-se além da geografia, ela é, também, social, cultural. A criança do sertão nordestino está imersa numa história que perpassa gerações e perpetua a ignorância, num Brasil em que a educação ainda não é para todos. Maria de Lurdes, como sua mãe Maria José, como sua avó Maria Aparecida, como sua bisavó Maria de Fátima, como sua tataravó Maria das Dores e outras tantas Marias das famílias nordestinas realizam práticas seculares, alheias à possibilidade de desenvolvimento e de liberdade que o estudo deve proporcionar. Assim, elas ficam, também, entregues aos mandos de uma cultura machista que aniquila mínimas condições de autonomia, de trazerem a sua vida em suas mãos. Nessa perspectiva, o filme Vida Maria surpreende pela perspicácia em denunciar as tramas desse contexto que torna essas meninas em, apenas, mais um número nas estatísticas do analfabetismo brasileiro, colocando o Brasil no lugar negligente em que ele realmente está: numa posição vexatória no ranking mundial de educação.
Autora do texto: Márcia Regina Pires
Ao analisar o texto em relação a seu gênero, tente identificar as seguintes partes:
- Título da obra.
- Dados de identificação da obra apresentada.
- Contextualização - Situa o momento sociocultural em que a obra é produzida e articula o motivo de sua realização a esse contexto.
- Apresentação da obra, situando o gênero, o autor e o tema.
- Breve resumo do enredo, ressaltando o tempo da história e o personagem principal.
- Comentário crítico.
- Autora do texto (deste texto que apresenta a obra).
Pode-se afirmar que o texto é composto pelas partes:
1, 2, 3, 4, 5, 7.
1, 2, 3, 7.
1, 2, 3, 4, 6, 7.
1, 2, 3, 6, 7.
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7.
Em muitas escolas, a leitura tem apenas a finalidade de trabalhar a gramática. Com o avanço das pesquisas nessa área, sabe-se que formar leitores é promover a sua cidadania. Reflita sobre isso, considerando os conhecimentos construídos no curso. Avalie as afirmações a seguir:
I. Compreender a função da leitura é compreender a inserção do aluno no mundo letrado, é promover a sua cidadania.
II. A gramática deve ser o ponto de partida para o ensino da competência leitora.
III. A aquisição da leitura está dissociada do processo de descoberta e de interpretação dos sentidos.
IV. A percepção crítica e analítica do leitor depende da maneira como o professor conduz suas aulas, inserindo debates que possibilitam a apresentação da história, da cultura, do grupo social de cada aluno.
V. A aquisição da leitura crítica é uma atividade essencial à aquisição de outras áreas do conhecimento.
Agora, escolha a alternativa que contém as afirmativas corretas:
Estão corretas as afirmativas II, IV e V.
Estão corretas as afirmativas I, III e IV.
Estão corretas as afirmativas II, III e V.
Estão corretas as afirmativas I, II e IV.
Estão corretas as afirmativas I, IV e V.
Leia o trecho a seguir.
A leitura reflexiva representa uma das boas vias para entender a realidade. É verídico que em nossa sociedade as práticas leitoras são pouco incentivadas e desenvolvidas. Desta forma, dado a sua importância, a leitura deve ser estimulada e integrada ao cotidiano dos estudantes e, consequentemente de jovens e adultos.
(Fonte: BRASIL Escola. A importância do hábito de ler. Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/literatura/a-importancia-habito-ler.htm. Acesso em: 21 fev. 2019.)
Baseando em seus estudos, julgue as afirmativas a seguir:
- Desenvolver a habilidade de “procurar as respostas escondidas nas entrelinhas”, ou seja, de inferir, é algo imprescindível à leitura.
- O aluno que lê com proficiência é capaz de compreender melhor o mundo, isso corrobora, inclusive, para que ele tenha mais prazer nos estudos, pois o faz com maior facilidade e fluência.
- Possibilitar aos educandos levantar hipóteses acerca dos subentendidos, inferindo possíveis sentidos para o texto, de forma interativa com os colegas, é uma estratégia didática que mobiliza a compreensão da temática e possibilita o aprofundamento das percepções dos aprendizes.
- Espera-se que o professor desenvolva a criticidade do aprendiz. O debate acerca dos textos oportuniza aos alunos momentos em que devem mostrar o que constataram, o que conhecem sobre o tema e argumentarem acerca de seus pontos de vista, construindo seus significados.
Marque a alternativa que contém as afirmativas corretas:
1, 2, 3, 4, 5, 7.
1, 2, 3, 7.
1, 2, 3, 4, 6, 7.
1, 2, 3, 6, 7.
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7.
Em muitas escolas, a leitura tem apenas a finalidade de trabalhar a gramática. Com o avanço das pesquisas nessa área, sabe-se que formar leitores é promover a sua cidadania. Reflita sobre isso, considerando os conhecimentos construídos no curso. Avalie as afirmações a seguir:
I. Compreender a função da leitura é compreender a inserção do aluno no mundo letrado, é promover a sua cidadania.
II. A gramática deve ser o ponto de partida para o ensino da competência leitora.
III. A aquisição da leitura está dissociada do processo de descoberta e de interpretação dos sentidos.
IV. A percepção crítica e analítica do leitor depende da maneira como o professor conduz suas aulas, inserindo debates que possibilitam a apresentação da história, da cultura, do grupo social de cada aluno.
V. A aquisição da leitura crítica é uma atividade essencial à aquisição de outras áreas do conhecimento.
Agora, escolha a alternativa que contém as afirmativas corretas:
Estão corretas as afirmativas II, IV e V.
Estão corretas as afirmativas I, III e IV.
Estão corretas as afirmativas II, III e V.
Estão corretas as afirmativas I, II e IV.
Estão corretas as afirmativas I, IV e V.
Leia o trecho a seguir.
A leitura reflexiva representa uma das boas vias para entender a realidade. É verídico que em nossa sociedade as práticas leitoras são pouco incentivadas e desenvolvidas. Desta forma, dado a sua importância, a leitura deve ser estimulada e integrada ao cotidiano dos estudantes e, consequentemente de jovens e adultos.
(Fonte: BRASIL Escola. A importância do hábito de ler. Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/literatura/a-importancia-habito-ler.htm. Acesso em: 21 fev. 2019.)
Baseando em seus estudos, julgue as afirmativas a seguir:
- Desenvolver a habilidade de “procurar as respostas escondidas nas entrelinhas”, ou seja, de inferir, é algo imprescindível à leitura.
- O aluno que lê com proficiência é capaz de compreender melhor o mundo, isso corrobora, inclusive, para que ele tenha mais prazer nos estudos, pois o faz com maior facilidade e fluência.
- Possibilitar aos educandos levantar hipóteses acerca dos subentendidos, inferindo possíveis sentidos para o texto, de forma interativa com os colegas, é uma estratégia didática que mobiliza a compreensão da temática e possibilita o aprofundamento das percepções dos aprendizes.
- Espera-se que o professor desenvolva a criticidade do aprendiz. O debate acerca dos textos oportuniza aos alunos momentos em que devem mostrar o que constataram, o que conhecem sobre o tema e argumentarem acerca de seus pontos de vista, construindo seus significados.
Marque a alternativa que contém as afirmativas corretas:
Estão corretas as afirmativas II, IV e V.
Estão corretas as afirmativas I, III e IV.
Estão corretas as afirmativas II, III e V.
Estão corretas as afirmativas I, II e IV.
Estão corretas as afirmativas I, IV e V.